Disciplina é um ato que parece envolver sempre restrição e obrigação. Mas há uma forma de disciplina que nasce do amor. É aquela que nos conduz ao desejo da alma, quase que nos "obrigando" a fazer aquilo que profundamente queremos.

Para algumas pessoas disciplina é fazer o que não se quer fazer.

É quando seus atos são condicionados pelo medo.

É dirigir dentro da velocidade, para não pagar a multa que está alta.

É ser diplomático para não entrar em discussões.

É se alimentar de forma saudável, para não adoecer.

É guardar dinheiro pelo medo de que ele falte.

É cuidar do corpo para evitar as duras consequências do envelhecimento.

É trabalhar com dedicação para não ser demitido.

É através do medo e desta disciplina "negativa", que a restrição se mantém, que a criatividade esgota, que a autorresponsabilidade seca, que a própria liberdade amedronta.

Para algumas pessoas, por outro lado, disciplina é o prazer de ter cuidado.

É o cuidado de dirigir prezando pela segurança.

É o cuidado ao dar uma resposta consciente e respeitosa.

É o cuidado com a alimentação para manter, nutrir e elevar sua energia.

É o cuidado com o dinheiro como um parceiro da sua realização.

É o cuidado com o corpo e a estética como formas amor próprio.

É o cuidado com o trabalho como a sua contribuição com a sociedade.

E isso não significa que não tenham custos, escolhas, limites e desafios em manter a disciplina. Mas o ponto de vista é diferente, porque a escolha interior é diferente.

É quando o custo de algo é inferior ao seu benefício.

É quando o amor é maior que o medo.

Isso é estar no lucro!

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🌚 Reflexões pré-eclipse
✏️ Escrito por Maju Canzi